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Liniker e o coração do prêmio GRAMMYs

LAS VEGAS, NEVADA - NOVEMBER 13: Liniker performs onstage during the 26th Annual Latin Grammy Awards at the MGM Grand Garden Arena on November 13, 2025 in Las Vegas, Nevada. (Photo by Kevin Winter/Getty Images for The Latin Recording Academy)

(Photo by Kevin Winter/Getty Images for The Latin Recording Academy)

Na história recente da música brasileira, “independente” deixou de ser rótulo e virou tração de mercado. Prova disso é a performance da Altafonte no Latin GRAMMY 2025: realizada em 13 de novembro, em Las Vegas (EUA), a cerimônia coroou a distribuidora com 5 prêmios, em categorias de língua portuguesa como Melhor Música Urbana, Álbum de MPB e Álbum de Rock ou Música Alternativa, um marco que traduz a diversidade contemporânea da música brasileira.

Brilharam no palco: Liniker (3 troféus: Melhor Álbum Pop Contemporâneo em Língua Portuguesa — Caju; Melhor Interpretação Urbana em Língua Portuguesa; e Melhor Canção em Língua Portuguesa — Veludo Marrom), Luedji Luna (Melhor Álbum de MPB/MAPB — Um Mar Pra Cada Um) e BaianaSystem (Melhor Álbum de Rock ou Música Alternativa em Língua Portuguesa — O Mundo Dá Voltas).

O resultado fecha um ciclo que já havia sido histórico na largada: 21 indicações para artistas da Altafonte — um recorde brasileiro que atravessou gêneros, da MPB ao rap, passando pelo samba, o pop alternativo e a música urbana. Foi a demonstração, em números e prêmios, de um trabalho de curadoria que privilegia identidade artística, contratos leves e visão de longo prazo — uma “butique” de música que se consolidou como vetor de impacto no ecossistema.

Liniker e o coração do prêmio

Entre os nomes da temporada, Liniker ocupou o centro do palco: além dos 3 troféus, a artista somou  das sete indicações, incluindo Álbum do Ano (Caju), Canção do Ano (Veludo Marrom) e Gravação do Ano (Ao Teu Lado, com Amaro Freitas e Anavitória). A noite reforçou um capítulo que começou em 2016, quando se uniu à Altafonte, e ganhou dimensão histórica em 2022, ao se tornar a primeira artista trans a vencer o Latin GRAMMY (Melhor Álbum de MPB). Em 2025, a trajetória se afirma como símbolo de uma geração que equilibra poesia, experimentação e alcance popular.

Da MPB ao rap: diversidade brasileira representada em Las Vegas

As vitórias de Luedji Luna e BaianaSystem se somam a uma lista de indicados que incluiu Marcelo D2 (Melhor Álbum de Samba e Pagode), Dora Morelenbaum, Rachel Reis e Rubel (MPB/MAPB), Julia Mestre (Pop Contemporâneo), Jadsa e Maria Beraldo (Rock/Alternativa), BK’ (Música Urbana e Vídeo em Formato Curto), Joyce Alane (Raízes), além de Zé Ibarra e das colaborações de Liniker com Amaro Freitas e Anavitória. É um mapa musical tão amplo quanto o próprio país, e agora reconhecido internacionalmente.

A curadoria como diferencial

Para Mônica Brandão, Country Manager da Altafonte, o segredo está na atenção dada a cada lançamento:

“Receber 21 indicações ao Latin Grammy este ano foi mais do que um recorde para a Altafonte, mas um reconhecimento ao trabalho cuidadoso que desenvolvemos com cada artista e lançamento. Cada projeto que colocamos no mundo carrega dedicação, estratégia e muito respeito à identidade artística de cada talento. Do samba ao rap, da MPB ao pop alternativo, essa diversidade traduz o nosso DNA. Ver essa pluralidade reconhecida é motivo de orgulho imensurável. Celebramos a força da música independente e parabenizamos todos os nossos talentos indicados por levarem suas vozes e histórias tão longe. E em especial a Liniker, que não apenas liderou nossas indicações e conquistas, mas também brilhou nas categorias principais do prêmio,” afirma a executiva.

As 21 indicações da Altafonte Brasil ao Latin GRAMMY 2025

  • Gravação do Ano: Liniker Featuring Amaro Freitas & Anavitória – Ao Teu Lado

  • Álbum do Ano: Liniker – Caju

  • Canção do Ano: Liniker – Veludo Marrom

  • Melhor Álbum Pop Contemporâneo em Língua Portuguesa: Julia Mestre – Maravilhosamente Bem; Liniker – Caju

  • Melhor Álbum de Rock ou Música Alternativa em Língua Portuguesa: Baianasystem – O Mundo Dá Voltas; Jadsa – Big Buraco; Maria Beraldo – Colinho

  • Melhor Performance de Música Urbana em Língua Portuguesa: BK’ Featuring Evinha – Só Quero Ver; Liniker – Caju

  • Melhor Álbum de Samba e Pagode: Marcelo D2 – Manual Prático do Novo Samba Tradicional, Vol. 2: Tia Darci

  • Melhor Álbum de MPB/MAPB: Dora Morelenbaum – Pique; Luedji Luna – Um Mar Pra Cada Um; Rachel Reis – Divina Casca; Rubel – Beleza. Mas Agora a Gente Faz o Que Com Isso?

  • Melhor Álbum de Raízes em Língua Portuguesa: Joyce Alane – Casa Coração

  • Melhor Canção em Língua Portuguesa: Julia Mestre – Maravilhosamente Bem; Liniker – Veludo Marrom; Zé Ibarra – Transe

  • Melhor Álbum de Engenharia de Som: Liniker – Caju

  • Melhor Vídeo Formato Curto: BK’ – Diamantes, Lágrimas e Rostos Para Esquecer

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