
Ela o amava mais do que tudo, ele a amava mais do que todas as outras. Simone Signoret e Yves Montand foram o casal mais famoso de seu tempo. Assombrada pelo caso de seu marido com Marilyn Monroe e ferida por todos os que vieram depois, Signoret sempre recusou o papel de vítima.
Esta é a premissa da cinebiografia “Eu, Que Te Amei” (“Moi qui t’aimais”), de Diane Kurys, que retrata a turbulenta relação da dupla de atores, marcada por amores, traições e uma parceria que resistiu ao tempo e às adversidades. Diante das câmeras da diretora de “Por uma Mulher”, Marina Foïs (“As Bestas”) e Roschdy Zem (“Os Filhos dos Outros”) personificam as duas lendas do cinema.
A produção faz sua pré-estreia no Brasil dentro do Festival de Cinema Francês do Brasil, que acontece de 27 de novembro a 10 de dezembro de 2025, em mais de 50 cidades do Brasil. A lista de datas e locais, que incluem as capitais Aracaju, Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Fortaleza, Manaus, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo, pode ser conferida no site do evento.
O filme tem distribuição da Autoral Filmes e chega ao circuito comercial no dia 1º de janeiro de 2026.
A francesa Simone Signoret (1921-1985) foi o ponto de partida para a diretora escrever sobre o casal formado com o italiano-francês Yves Montand (1921-1991). “Há algo fascinante nela – uma força, uma determinação, misturadas com uma certa fragilidade, uma vulnerabilidade”, destaca Diane. “Bons personagens são sempre feitos desses contrastes. São suas sombras que definem seus contornos, como as fronteiras de certos países desconhecidos. Então, me baseei nela para descobrir o casal, embora eu já soubesse um pouco sobre Montand, como todo mundo”, elabora.
“Signoret e Montand passaram 30 anos se amando e se odiando. Achei muito mais interessante contar a história do fim do relacionamento deles do que do começo”, explica a cineasta. “Eles ainda se amam? Como, apesar das traições, das infidelidades e da passagem do tempo, esse casal consegue permanecer junto e, ao mesmo tempo, desmoronar lentamente diante de nossos olhos? Por que eles continuam juntos? Esse é o mistério que permeia o filme e que, sem dúvida, percorreu suas vidas”, questiona a realizadora.
O trabalho de pesquisa de Diane, que divide o roteiro com Martine Moriconi e Sacha Sperling, durou cerca de cinco anos. Ela também assina como produtora do filme, que tem realização da New Light Films. O elenco conta também com Thierry de Peretti, Vincent Colombe e Raphaëlle Rousseau. A trilha sonora fica a cargo de Philippe Sarde (“A Guerra do Fogo”). “Eu, Que Te Amei” teve sua première mundial na seleção “Cannes Classics” do Festival de Cinema de Cannes de 2025.
“Eu, Que Te Amei” (“Moi qui t’aimais”), de Diane Kurys
Cinebiografia | 2025 | 118 minutos
Festival de Cinema Francês do Brasil: de 27 de novembro a 10 de dezembro de 2025 em mais de 50 cidades
Estreia comercial: dia 1º de janeiro de 2026
Ingressos: https://festivalcinefrances.
Instagram: @autoral_filmes
Sobre Diane Kurys
Diane Kurys começou sua carreira como atriz, encadeando papéis no teatro. Em 1977, ela se lançou na direção com “Diabolo Menthe”, um relato quase autobiográfico sobre a adolescência, do qual também assina o roteiro. O filme fez grande sucesso de público e recebeu o Prêmio Louis Delluc. Ainda em um registro semi-autobiográfico, Diane Kurys se interessa pelos jovens adultos da geração de 68 em “Cocktail Molotov”, conta a amizade particular entre duas mulheres nos anos cinquenta em Coup de foudre, e dirige uma família se despedaçando durante as férias em “La Baule-les-Pins”.
Diane realizou então vários filmes sobre casais com relações tumultuadas e trágicas: “Depois do Amor” (1992), “A la folie” (1994) e “Os Filhos do Século” (1999), com Juliette Binoche e Benoît Magimel. Ela voltou à comédia com “Je reste!”, em 2003, encenando um trio amoroso composto por Sophie Marceau, Charles Berling e Vincent Perez, e o filme coral “Aniversário – O Acerto de Contas”. (2005). Ela retorna em 2007 com “Sagan”, um telefilme sobre a vida da romancista Françoise Sagan, que é lançado nos cinemas alguns meses antes de sua exibição na televisão.