
Aline Gonçalves aclamada soprista e compositora carioca, fará duas apresentações inéditas, em Córdoba – Argentina para lançar o seu primeiro álbum autoral, “Pacífico” (YB Music), que pode ser ouvido nas principais plataformas digitais. O show integra a pro gramação do Festival Internacional de Jazz de Córdoba e será no dia 19 de novembro, no Centro Cultural Córdoba, às 21h.
O álbum é resultado de sua trajetória singular pelos diferentes ritmos latino-americanos, através de um repertório comprometido com a parte Sul da América, em todo o seu colorido e toda a sua aridez. Com temas instrumentais e canções ,o disco aproxima gêneros diversos, como baiões, huaynos, currulaos, toadas e chacareras.
“Um oceano agitado que ocupa um terço do planeta com nome de Pacífico traz em si a contradição que mobiliza os povos hermanos”, diz Aline.
“O álbum é uma homenagem a nossos vizinhos banhados por esse oceano que muito nos tem a ensinar sobre o poder das mobilizações populares em torno das lutas por direitos – e como não ser pacífico quando não se deve ser pacífico”, instiga ela.
“Pacífico” evoca resistência cultural, através de uma viagem musical e afetiva por um território simbólico e geográfico tantas vezes marginalizado – desde o agitado Oceano Pacífico, que compõe um terço do planeta, passando por ilhas e barcos de totora dos lagos andinos, até chegar em personagens emblemáticas que forjaram Nossamerica – nome baseado no conceito de Nuestra América, de José Martí (1853-1895) -.
Os shows no Festival têm o incentivo da Secretaria de Cultura do Estado do Rio de Janeiro, através da ação “Loco Por Ti América”. No palco, Aline Gonçalves (voz e sopros) estará acompanhada por Pedro Pereira (guitarra e voz), Maria Clara Valle (violoncelo), Julia Rodrigues (bateria) e Pedro Carneiro (piano).
Aline Gonçalves em breves linhas
Com mais de vinte anos de carreira, a flautista, clarinetista, arranjadora e compositora indicada ao premio WME 2024, foi uma das fundadoras da Itiberê Orquestra Família, com quem gravou os dois primeiros discos do conjunto. Também se destacou na gravação do disco de Hermeto Pascoal e Grupo, “Mundo Verde Esperança”, de 2002, lançado pelo Selo Rádio MEC.
Morou no Chile entre 2005 e 2007, quando mergulhou a fundo na música latino-americana. No país vizinho, criou o premiado projeto “Verdevioleta – Creaciones Sobre Música de Violeta Parra”. Depois de voltar ao Brasil, continuou atuando como instrumentista e arranjadora, em parcerias de ouro com nomes de peso da cena nacional, como Egberto Gismonti, Carlos Malta, Roberta Sá e Jards Macalé, entre outros.
Em 2017, participou ainda da fundação do “Coletivo Essa Mulher”, dedicado ao fomento da produção musical feminina no Rio de Janeiro e, mantendo a busca pela luta por direitos através da arte, em 2020 criou o projeto “EMMBRA – Escritas Musicais de Mulheres Brasileiras”, um songbook de composições instrumentais feitas por artistas brasileiras, projeto vencedor no “Prêmio Profissionais da Música