Fénelon Tartari lança seu primeiro livro - Divulgação/Edgar Bueno
Fénelon Tartari lança seu primeiro livro – Divulgação/Edgar Bueno
O escritor e publicitário Fénelon Tartari apresenta ao público seu primeiro romance: ‘Verty Society – Era Traidário – Volume 1’, publicado pela Editora Labrador. Descrito por ele como “mais que um romance , um manifesto multiartistico” , a história do livro é ambientada em um futuro pós-apocalíptico, a obra propõe uma reflexão profunda sobre temas urgentes como liberdade, diversidade, fé, controle social e identidade.
A narrativa se passa em Verty, planeta reconstruído a partir do que sobrou da Terra após um grande colapso, e gira em torno de sete jovens artistas que se vêem confinados em uma situação extrema. Ao longo da trama, o leitor é convidado a questionar o que acontece com o humano quando o diferente passa a ser punido e a individualidade é suprimida em nome da ordem.
‘Verty Society’ não se limita à literatura. O livro abre espaço para a Galeria Verty, um apêndice artístico com obras inéditas de 18 artistas de diferentes nacionalidades, que exploram, por meio da fotografia, ilustração, música, pintura e outras linguagens, os temas e sentimentos despertados pela trama.
No romance escrito por Fénelon dois grandes temas se sobressaem: a sexualidade e a religiosidade. Ambos fortemente atrelados à identidade e à trajetória de vida do autor. Fénelon é gay e assim como os protagonistas de seu romance, sentiu a pressão social e o preconceito por ser diferente desde pequeno, tendo sido criado em uma sociedade tradicional conservadora em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul.
Foi apenas com 24 anos de idade, depois de anos de terapia, que angariou coragem para vencer suas batalhas internas e assumir-se homossexual até para si mesmo. Contribuiu bastante para essa resistência o fato de o escritor ter sido um católico fervoroso na infância e adolescência. “Eu cheguei a ser coroinha e me confessava sempre que tinha pensamentos homoafetivos, porque acreditava estar pecando”, diz.
Além desses dois temas centrais, Fénelon explora fortemente outras questões em sua narrativa; inteligência artificial, redes sociais, eugenia, autoritarismo, controle social, manipulação, opressão da diversidade, a padronização da identidade, entre outros, todos como crítica à sociedade atual e um alerta sobre o futuro. Tudo de forma lúdica, através de sua obra de fantasia distópica.
Em seu livro, o publicitário pôde não simplesmente dar asas à sua criatividade, mas também fazer as pazes com seu passado e abrir perspectivas para o futuro. “Escrever esse romance distópico me abriu novos horizontes. Através de uma narrativa provocativa, eu coloco em prática o meu propósito, que não se resume apenas a escrever obras de ficção, mas a criar um alerta, uma reflexão à sociedade sobre o perigoso futuro que está por vir, caso continuemos a agir da forma desenfreada à qual temos agido. E obviamente, além disso, enfatizar a importância da diversidade e inclusão como pilares sólidos da sociedade”, afirma o escritor.