
O novo episódio do Na Palma da Mari recebe Bianca Comparato e Kelner Macêdo para uma conversa profunda e sincera com Mari Palma sobre os desafios, o clima nos bastidores do set de Tremembé e o impacto cultural inesperado da série que protagonizaram.
União no set e bastidores de Tremembé
Ao longo do episódio, Bianca destaca a força do coletivo como elemento fundamental para atravessar um processo tão intenso. Segundo a atriz, o elenco criou um elo raro, marcado por acolhimento e apoio mútuo. “Eu sinto que o clima era muito unido, como elenco. Tinha um backstage, um camarim muito saudável. Eram assuntos muito sérios, num nível realmente difícil de dar conta, mas quando dava pra relaxar um pouco, rir e se dar a mão, a gente sempre esteve junto”, afirma.
Ela também revela que, pela primeira vez na carreira, se sentiu emocionalmente ultrapassada por um personagem. “Eu nunca vivi isso num personagem de eu não dar conta. E eu não dei conta. Falei: ‘gente, isso aqui é demais pra mim’”, confessa.
Kelner complementa ao explicar como esses momentos fora de cena eram essenciais para sustentar a intensidade do trabalho. “São narrativas muito densas. A gente precisava desse momento de leveza no camarim pra poder ir pra cena e não se abalar tanto. Tem dias que a gente se abala muito dependendo da cena que vai filmar”, diz.
Troca, intimidade e trabalho coletivo
Os dois atores ressaltam que a troca constante entre o elenco foi decisiva para o resultado final. “Essa troca é fundamental, até pro set mesmo. Ajuda a ir com mais intimidade, com mais conhecimento um do outro, pra poder jogar melhor”, afirma Kelner.
Bianca reforça o caráter coletivo da narrativa. “Os personagens interagem o tempo inteiro. Às vezes está acontecendo uma cena aqui, mas o meu personagem passa no fundo. Tinha uma coisa de coletivo que a gente precisava manter viva o tempo todo”, explica.
Peso emocional e cenas extremas
Kelner também fala abertamente sobre o impacto físico e emocional de algumas cenas. “Tem duas cenas que são mais difíceis emocionalmente pra mim. Uma é a do crime, que era inevitável. É muito brutal. Manter esse estado a diária inteira foi a coisa mais difícil. Fiquei 24 horas com enxaqueca depois, nenhum remédio resolvia”, relata.
Carreira, dúvida e resistência
Em um dos momentos mais pessoais do episódio, o ator revisita um período crítico de sua trajetória profissional, marcado por insegurança e dificuldades financeiras. “Eu tava num momento da carreira que ou era isso ou eu ia desistir. Eu tinha feito Guerreiros do Sol o ano inteiro e fiquei oito meses sem trabalhar depois. Eu não tinha um real na minha conta. Falei: ‘vou desistir, vou trabalhar numa loja, preciso viver’. Quando surgiu esse personagem, eu fui com tudo que eu tinha, com toda a minha história”, conta.
Repercussão e impacto da série
O episódio também aborda a dimensão inesperada da repercussão da obra junto ao público. Segundo Kelner, apesar da consciência de que se tratava de uma série polêmica, ninguém imaginava o alcance. “Em 12 horas a gente fez em números o que estava previsto pra 30 dias. Foi uma coisa que ganhou uma proporção que a gente realmente não esperava”, afirma.
Ele destaca ainda que o sucesso extrapolou o entretenimento. “O Prime Video aumentou em 50% o número de assinantes por conta dessa série. Ela deixou de ser só uma série e virou um debate, porque tocou em tantos temas polêmicos”, completa.
Serviço
Na Palma da Mari
Toda quinta-feira, às 20h (horário de Brasília), no canal CNN Pop no YouTube. No videocast da CNN Brasil, a jornalista Mari Palma recebe artistas, influenciadores e grandes nomes do entretenimento para conversas leves e autênticas. De carreira a paixões pessoais, passando por bastidores e curiosidades, cada episódio é um espaço confortável para histórias e risadas.