
São dois livros com um fato em comum: seus poemas foram escritos e desenvolvidos a partir de versos de “A Terra Devastada”, célebre poema de T.S. Eliot (1888-1965). São eles “Lilases”, que ganha nova edição 22 anos após seu lançamento, e “O Jardim de Jacintos de Madame Sosostris”, com que Thereza Christina Rocque da Molta volta à poesia após 8 anos sem lançar algo inédito. As obras são editadas pela Ibis Libris e foram lançadas na noite da última terça-feira (09) na Blooks de Botafogo, Zona Sul do Rio de Janeiro, e reuniram talentos da poesia como Adriano Espinola, Suzana Vargas, Tanussi Cardoso e Alice Monteiro, entre outros.
Era 1981 quando Thereza leu pela primeira vez “A Terra Devastada”, de Eliot numa tradução do também poeta Ivan Junqueira (1934-2014). A poeta, então com 24 anos, não imaginava que teria com aquela obra mais do que uma relação de arrebatamento; de inspiração/provocação.
Os 61 textos do novo livro foram compostos entre 2021 e 2023 a partir de versos extraídos – e lidos em negrito no início de cada poema – do referido texto do autor norte-americano e que acabaria por se radicar no Reino Unido.
A edição chega às livrarias este mês com prefácio de Afonso Henriques Neto e posfácios de Alberto Lins Caldas e Anderson Lucarezi, além da própria autora, e orelha a cargo de Jacinto Fábio Corrêa.
Juntamente com ela é lançada nova edição de “Lilases”, publicada originalmente em 2003 e que, a exemplo de O Jardim de Jacintos de Madame Sosostris, também teve seus poemas provocados por versos de “A Terra Devastada”. Thereza voltou à obra ao participar, em 1997, de oficina sobre o referido texto e comandada pelo poeta Claudio Willer (1940-2023).