
“Com sua inusitada e orgânica fusão de pop, choro, baião e progressivo, A Cor do Som foi a grande surpresa da música brasileira em fins dos anos 1970, antecipando o rock que iria imperar na década seguinte… A partir do século XXI, o original som d’A Cor, que antecipava a mistura do rock com ritmos brasileiros, voltou a ser valorizado, citado como referência por muitos dos artistas “, comenta Antônio Carlos Miguel (jornalista brasileiro especializado em música), sobre o sucesso da banda que faraá um show dia 28 no Brava Arena Jockey, às 20 horas.
Era o ano de 1977 quando os cinco rapazes do recém-formado grupo A Cor do Som surpreenderam o Brasil com sua peculiar fusão musical, e no ano seguinte surpreenderam o mundo quando estrearam no palco do Festival de Jazz de Montreux, na Suíça, em julho de 1978.
Caso raro de grupo que se mantém unido e criativo em mais de quatro décadas de carreira, A Cor do Som traz sempre novidades aos shows além de apresentar músicas consagradas que marcaram gerações, incluídas em programas e novelas da TV Globo e líderes de execução em rádios, como Menino Deus, Abri a Porta, Palco, Zanzibar, Beleza Pura e Semente do Amor. Não faltam sucessos instrumentais como Pororocas, Saudação à Paz e Frutificar, músicas do álbum vencedor do Grammy Latino 2021. Parcerias com Moraes Moreira e Fausto Nilo e composições feitas especialmente para o grupo por Caetano Veloso e Gilberto Gil garantiram as altas execuções nas emissoras de rádio e TV e os shows lotados por todo o Brasil. < span style=”font-family:”Arial”,
A Cor do Som traz na bagagem 14 discos lançados e um DVD. Entre os prêmios conquistados, destaques para o Prêmio Sharp de “Melhor Grupo de Música Popular” com o CD “Ao Vivo no Circo”, em 1997, e o Prêmio TIM de “Melhor Grupo de Canção Popular”, em 2006, com o primeiro DVD do grupo, “A Cor do Som Acústico”, além do Grammy Latino, conquistado em 2021, na categoria de melhor álbum de rock ou música alternativa em língua portuguesa com seu disco “Álbum Rosa”. Colhendo os frutos dessa carreira de sucesso, em 2023 estreou a série documental O Som da Cor – A história e as aventura s da A Cor do Som, que recorda a trajetória do grupo desde o processo da formação musical de seus integrantes nos anos 60 até os dias de hoje.
Sobre o Álbum Rosa, vencedor do Grammy Latino 2021, o jornalista Antônio Carlos Miguel diz: “Quem nunca pensou em poder voltar no tempo, desde que com o conhecimento e a experiência acumulados durante a vida? Pois esse sonho, de certa forma, é permitido aos músicos e é o que fazem em seu último disco os senhores rapazes d’A Cor do Som. “Álbum Rosa” é arrebatadora viagem no tempo, à essência do grupo. Suas oito faixas são temas instrumentais que se espalhavam por quatro álbuns, editados originalmente entre 1977 e 1981, quando A Cor do Som surpreendia o Brasil (e o mundo) com sua peculiar fusão de ritmos brasileiros, rock progressivo e jazz. Duas dessas composições, por sinal, só agora ganham suas primeiras gravações em estúdio. Elas estrearam no palco do Festival de Jazz de Montreux, na Suíça, em julho de 1978, quando foram registradas para o disco “Ao Vivo”, lançado pela Warner no mesmo ano. “Álbum Rosa” cumpre diversos papéis. Paga dívida com muitos dos seguidores, e da música instrumental brasileira em geral, que sempre cobraram um novo disco integralmente instrumental da banda que tanto frescor e inovação injetara ao gênero. Naquele fim dos anos 1970, no Brasil, bombavam as carreiras de Hermeto Pascoal, Egberto Gismonti, Sivuca e muitos outros instrumentistas. Também estavam em alta o choro, vivendo então sua renascença, que se mostrou duradoura, e o interesse pela diversidade rítmica nordestina (do frevo baiano dos trios a xote, baião e co mpanhia). A esses ingredientes, A Cor do Som adicionou componentes do rock e a experiência como músicos em diferentes grupos e também acompanhando artistas da MPB”.
Em agosto de 2022, o grupo marcou sua volta definitiva à Europa realizando show no conceituado Palaphita, na Casa da Guia, em Cascais, Portugal, sendo aclamado pelo público e pela crítica, o que gerou convite para retornar, em 2023, participando do aclamado Festival Jardins do Marquês. E em 2024, voltou ao Festival Jardins do Marquês dividindo a noite com Djavan, tendo como convidado o tenor português João Mendonça, e foi atração do MIMO Festival, em Amarante, tendo como convidada especial a cantora portuguesa Carminho.