
O Centro Cultural João Nogueira/Imperator, no Méier, abriu nesta terça-feira (18) a exposição “Carmen, Embaixatriz do Samba”, reunindo autoridades, representantes da cultura, moradores da região e admiradores da Pequena Notável. A mostra celebra a trajetória cinematográfica e artística de Carmen Miranda e marca mais um importante intercâmbio entre equipamentos da Fundação Anita Mantuano de Artes do Estado do Rio de Janeiro (Funarj), integrando o Imperator ao acervo do Museu Carmen Miranda.
A abertura teve início com uma apresentação especial do conjunto de metais da Escola de Música Villa-Lobos, que recebeu o público com trompete, trombone e tuba, apresentada pelos músicos Henrique Vaz, Jocinei Lucas, Anderson Matos, Asafe Ferreira, Benedito Heitor, Antônio Carlos e Paulo Américo. O momento evidenciou a proposta do evento: celebrar Carmen Miranda a partir da junção entre música e patrimônio cultural.
“Conquistamos e conseguimos reabrir o Imperator depois de um ano. Estou muito feliz de estar aqui nesse momento. Já fizemos uma exposição recentemente com o acervo do Jerry Adriani, que a família entregou à Funarj. Quando ela terminou, surgiu a ideia de que fosse feita uma exposição com parte do acervo da Carmen Miranda. Eu acho que vai ser um sucesso, a Carmen Miranda tem uma potência muito grande”, celebrou Jackson Emerick, presidente da Funarj.
Além dele, também discursaram no evento Emanuel Cardoso, diretor do Imperator; Dorgival Júnior, coordenador de Artes Cênicas e Música; Chris Aguiar, diretora do Museu Carmen Miranda; e Wallace Almeida, coordenador de Museus. As autoridades ressaltaram o papel da exposição para o fortalecimento da cultura na Zona Norte e o compromisso da Funarj em promover acesso e preservação da memória musical e artística do país.
“Hoje é um dia muito especial, pois estamos inaugurando a exposição aqui no coração da Zona Norte, no Méier. É muito bacana a gente sair com parte do nosso acervo lá do Museu Carmen Miranda e trazer para cá”, afirmou Chris Aguiar, diretora do Museu Carmen Miranda.
Acervo inédito e máscara mortuária em 3D
Com curadoria da equipe do Museu Carmen Miranda, a exposição apresenta figurinos icônicos usados por Carmen no cinema, incluindo peças recriadas de filmes como “Banana da Terra” (1939) e “Serenata Tropical” (1940), além do traje utilizado na histórica apresentação do Cassino da Urca. Fotografias, discos, revistas, partituras e objetos originais também compõem o percurso expositivo, oferecendo ao visitante um panorama afetivo e artístico da carreira da cantora.
O grande destaque da mostra é a reprodução em 3D da máscara mortuária de Carmen Miranda, exibida pela primeira vez fora do museu. O trabalho foi realizado em parceria com o Museu de Ciências da Terra, que realizou a digitalização e impressão do objeto, permitindo apresentar ao público um registro raro e preservado da artista.
A exposição também aborda a evolução estética da baiana estilizada, símbolo que marcou a imagem pública de Carmen no Brasil e no exterior, e reforça sua influência duradoura na música, na moda e no imaginário cultural do país. A mostra “Carmen, Embaixatriz do Samba” fica em cartaz no Imperator com entrada gratuita.