
Neste fim de semana, o Festival Panorama dá continuidade à programação de novembro com apresentações gratuitas e internacionais. O evento, que nesta temporada já realizou espetáculos na Casa Brasil, no Teatro Nelson Rodrigues, no Museu de Arte do Rio (MAR) e no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), agora se prepara para ocupar o Museu de Arte Moderna (MAM), no Parque do Flamengo, recebendo Alessandro Sciarroni, Leandro Zapalla e Anna af Sillén de Mesquita.
No sábado, dia 15, às 10h30 e às 12h, e no domingo, dia 16, às 15h, o Panorama apresenta “Save The Last Dance For Me”, de Alessandro Sciarroni. O projeto, concebido em colaboração com os dançarinos Gianmaria Borzillo e Giovanfrancesco Giannini, e com o mestre de dança Giancarlo Stagni, é centrado na Polka Chinata, uma dança de cortejo de Bolonha. A montagem envolve giros acrobáticos, corpos inclinados e resgata a tradição italiana ao reativar e difundir este patrimônio cultural.
No domingo, dia 16, às 15h30, Brasil e Suécia se encontram em “Moving Landscapes”, da premiada companhia QUARTO, formada por Leandro Zapalla e por Anna af Sillén de Mesquita. A peça é uma instalação performativa e site-specific que investiga a relação entre corpos, território e ecologia. O ato utiliza um cubo metálico e plástico, e cria coreografias que exploram o vazio e o espaço habitável. A obra dialoga com o Construtivismo Russo e a estética de Hélio Oiticica, vendo o cubo como uma arquitetura comunitária, transitória e em constante reinvenção, inspirada pela lógica das favelas.
Há mais de 30 anos em atividade e reconhecido ao redor do mundo, o Festival Panorama é um pilar da memória da dança no Rio de Janeiro. Pioneiro em associar arte contemporânea de ponta a preços populares, o evento ocupa a cidade com uma programação diversa, que explora corpo, espaço e movimento. O Panorama atua como uma plataforma vital para a projeção de artistas brasileiros e latino-americanos. Iniciado em 1992, o evento se reinventa continuamente, conjugando dança, tecnologia e novas dramaturgias, e se firma como um ponto de encontro cultural essencial na cidade.
Save the Last Dance for Me
Alessandro Sciarroni (Itália)
Data: 15/11 – 10:30h e 12h | 16/11 – 15h
Local: MAM Rio
Entrada gratuita
Classificação indicativa: Livre
Fotos: https://drive.google.com/
Retrato artistas: https://drive.google.com/
Site: https://www.panoramafestival.
Teaser vertical: https://drive.google.com/file/
Alessandro Sciarroni
É um artista italiano com formação em Artes Visuais e em Pesquisa Teatral, cuja obra se destaca pela audaciosa combinação de uma matriz conceitual duchampiana com elementos de dança, circo e práticas esportivas. Suas criações exploram a condição humana, de obsessões a fragilidades, e visam estabelecer relações empáticas e profundas entre performers e o público. Com relevância internacional, já se apresentou em prestigiadas instituições como o Centre Pompidou e a Biennale di Venezia, além da consagração com o Leão de Ouro à Carreira em Dança, da Bienal de Veneza, em 2019. Atualmente, Alessandro é associado ao MARCHE TEATRO.
Gianmaria Borzillo
Nascido em 1995, Gianmaria Borzillo é um dançarino, performer e diretor formado na Civica Scuola di Teatro Paolo Grassi (Milão). Além da formação em performance, possui graduação em Letras Modernas, o que demonstra um aprofundamento em cinema e literatura. Em sua carreira, trabalhou como intérprete para diversos artistas, incluindo o próprio Alessandro Sciarroni. Seu reconhecimento mais notável veio com a primeira obra autoral, under the influence (2020), que conquistou uma menção especial da Biennale di Venezia e do Prêmio Leo De Berardinis / Teatro di Napoli, marcando-o como uma voz emergente na cena performática italiana.
Giovanfrancesco Giannini
É um dançarino e coreógrafo italiano, também formado na Civica Scuola di Teatro Paolo Grassi. Sua trajetória é marcada por amplas colaborações; é um parceiro frequente de Alessandro Sicarroni e da artista Francesca Foscarini. Possui vasta experiência como intérprete e já dançou para figuras proeminentes do teatro e da mundial, como Dimitris Papaioannou e Ismael Ivo. É associado do Körper – Centro di Produzione della Danza e da Aiep – Ariella Vidach. Seu trabalho autoral também recebeu atenção internacional, com o projeto Memories, vencedor do edital Crossing The Sea 2019.
Moving Landscapes
QUARTO (Brasil / Suécia)
Data: 16/11 – 15:30h
Local: MAM Rio
Entrada gratuita
Classificação indicativa: Livre
Fotos: https://drive.google.com/
Site: https://www.panoramafestival.
Teaser vertical: https://drive.google.com/file/
Teaser Horizontal: https://drive.google.com/file/
QUARTO
É um projeto de colaboração artística e de pesquisa, com base em Estocolmo e raízes no Brasil, formada por Leandro Zappala e Anna af Sillén de Mesquita. O grupo se dedica a pesquisas interdisciplinares de longo prazo focadas nas relações de poder entre corpo e objeto, gerando subjetividade por meio de experiências radicais. Sua atuação é caracterizada pelo nomadismo entre diferentes contextos sociopolíticos e pela busca por mudanças sustentáveis via intervenções artísticas globais. Em 2018, receberam o prêmio Birgit-Cullberg stipendium e suas obras circularam por prestigiadas instituições em mais de vinte países.
Borda
Lia Rodrigues (Rio de Janeiro, Brasil)
Data: 28* (*sessão acessível em audiodescrição) e 29/11 – 19h
Local: Teatro João Caetano – Praça Tiradentes, Centro
Ingressos: R$10,00 (meia) e R$20,00 (inteira). Na bilheteria do Teatro ou antecipados online.
Classificação indicativa: 16 anos
Site: https://www.panoramafestival.
Fotos: https://drive.google.com/
Teaser vertical: https://drive.google.com/file/
Lia Rodrigues
É uma coreógrafa e bailarina brasileira de renome internacional. Após formação em dança clássica e História, integrou a companhia de Maguy Marin na França. De volta ao Brasil em 1990, fundou sua própria companhia. Um marco de sua trajetória é a atuação na Maré, Rio de Janeiro, onde criou o Centro de Artes da Maré (2009) e a Escola Livre de Dança da Maré (2011), promovendo a sinergia entre arte e processos sociais. Suas obras, como Para que o Céu não Caia, Fúria e Encantado, ilustram seu engajamento em uma dança militante, conectada às problemáticas sociais. Reconhecida com a medalha de Cavaleiro da Ordem das Artes e das Letras pelo governo francês e eleita melhor coreógrafa do ano pela revista Tanz em 2019, Lia é artista associada a importantes instituições como a Maison de la Danse e a Biennale de la Danse de Lyon.