Teatro

Rafael Saraiva faz curta temporada de O Dinossauro de plástico no Teatro Domingos Oliveira

Foto: Julieta Sobral

Rafael Saraiva apresenta monólogo ficcional que explora as angústias e preocupações do personagem Marcelo. Seus relatos, a princípio mundanos, aos poucos vão revelando uma personalidade neurótica e assustada com todas as possibilidades de opiniões que as pessoas possam ter sobre ele. Suas aflições, mesmo as mais exageradas, acabam tocando todos nas pequenas neuras de cada dia. Diante da necessidade da ação, o público testemunha a jornada de amadurecimento do personagem e sua conscientização sobre a responsabilidade que tem por alguns infortúnios, além da capacidade de se perceber e se reinventar para o que está por vir. “O dinossauro de plástico” fica em cartaz de 7 a 30 de novembro no teatro Domingos Oliveira, às sextas e sábados, às 20 horas, e domingos, às 19 horas.
Este espetáculo é a terceira parceria de Rafael com Barbara Duvivier, diretora artística do Porta dos Fundos, que dirigiu o ator nas peças “Portátil” e “Quebra-Cabeça- Em busca da peça que falta”, vencedora, em 2025, dos Prêmios APTR (Associação dos Produtores de Teatro do Rio de Janeiro) – de melhor peça infantil – e do CBTIJ (Centro Brasileiro de Teatro para a Infância e Juventude) -de melhor elenco. Barbara comenta a temática deste novo trabalho em que a dupla se juntou a Gustavo Vilela: “Através de um personagem que se encontra – e se perde – em diversas fronteiras da vida, já que tem idade para ser adulto mas não se vê como tal, não sofre de nenhum mal diagnosticado mas tem dificuldade em ser funcional, e se sente sozinho, mas não consegue se relacionar com outras pessoas, o espetáculo aborda questões centrais para a Geração Z: a hiperconectividade e a solidão, a angústia diante de um fim do mundo que se anuncia e, ao mesmo tempo, a ânsia de se fazer relevante no âmbito profissional.”
Gustavo, roteirista do Porta dos Fundos, criador de programas como o Vrau Cast, um dos roteiristas da primeira temporada da série “Cosme & Damião – Quase Santos” (Globoplay), e do programa Falha de Cobertura (TV QUASE) faz sua estreia como dramaturgo. Vilela diz: “Assim que eu e o Rafael fomos nos conhecendo melhor e promovendo nossa relação do coleguismo para amizade, ele me disse que gostaria de estrelar um monólogo e me convidou para escrever o texto. Começamos a conversar sobre o caminho que gostaríamos e ficou bem claro para os dois o que o tema escolhido para abordar seria as pequenas neuroses cotidianas, um ponto que nos une”.
Rafael integra o Porta dos Fundos e começou no teatro ainda criança. Sobre “O dinossauro de plástico”, ele declara: “Eu estou muito empolgado por estar desenvolvendo projetos autorais. Essa peça é justamente um momento em que eu consigo produzir algo meu independente e ter o retorno do público que vem me conhecendo nesses últimos trabalhos. Muito animado com isso, muito feliz de ser um jovem com uma carreira tão cheia de possibilidades”.
Na peça, nada de grandioso e nenhum ensinamento edificante aguarda o espectador. Por isso mesmo, provavelmente, muitos se identificarão com ela.

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