Cultura

“Poéticas na Escola – Slam” – promover o interesse pela literatura e expressão poética entre estudantes

Voltado para promover o interesse pela literatura e expressão poética entre estudantes de 12 a 14 anos, o projeto “Poéticas na Escola – Slam”, é desenvolvido pela Alkebulan Arte e Cultura e realiza uma série de 10 oficinas literárias na Escola Municipal Ginásio Emilinha Borba, em Nova Sepetiba, Santa Cruz, Zona Oeste do Rio de Janeiro, entre os meses de outubro e novembro.

Os encontros serão sempre às quartas-feiras, das 14 às 16 horas, utilizando a poesia falada como ferramenta principal, estimulando a criatividade, a oralidade e o pensamento crítico dos estudantes, além de oferecer um espaço para que os jovens reflitam sobre temas sociais e se conectem com a literatura de forma prática e envolvente.

Ao final da série de oficinas, os alunos participarão de um grande evento, uma batalha de slam aberta à comunidade escolar, onde os estudantes apresentarão suas criações poéticas; e uma roda de conversa com professores e artistas convidados.

“A escolha do Slam como ferramenta se deve à sua capacidade de combinar literatura e performance de forma acessível, oferecendo uma entrada atraente para jovens que, muitas vezes, têm pouco contato com a literatura formal. O projeto surge da necessidade de ampliar o acesso à escrita criativa e à literatura em Nova Sepetiba, uma região com escassez de iniciativas culturais”, explica Fellipe Calarco, coordenador do projeto.

Cronograma
No dia 08 de outubro, acontecerá uma aula voltada para a sensibilização dos estudantes ouvintes, marcando o início do debate e da compreensão sobre acessibilidade cultural. O objetivo dessa primeira etapa é introduzir noções de convivência com a comunidade surda, apresentar a Poesia Visual Vernacular, mostrar as dinâmicas do slam com pessoas surdas e refletir sobre práticas anticapacitistas.

Essa atividade tem como propósito preparar a recepção dos artistas e poetas surdos que participarão das oficinas do projeto.

Já no dia 22 de outubro, o evento recebe o poeta, professor da UFRJ e pesquisador Bruno Vitelli, que é surdo. Ele apresentará a Poesia Visual Vernacular — um recurso da língua de sinais que permite narrar imagens para além dos signos das palavras. Esse recurso está presente no cotidiano da língua e da comunidade surda.

Encerrando a programação, no dia 19 de novembro, de 9h às 12h, será realizado o evento final em que os alunos poderão batalhar, mostrando as construções poéticas desenvolvidas nas oficinas para a comunidade escolar. O evento contará também com a participação do artista Maui.

Natural de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, Maui é um cantor que mistura as melodias do R&B com elementos de gêneros eletrônicos como Grime, Afrobeats, Drum’n’Bass, Drill, entre outros. Sua carreira começou em 2017, com o lançamento de singles que o destacaram na cena musical carioca. Em 2021, com o R&Drill “Pega as suas coisas”, em parceria com o produtor ANTCONSTANTINO, conquistou seu primeiro grande reconhecimento, ultrapassando 1 milhão de reproduções nas plataformas de streaming.

Nas suas últimas edições o projeto “Poéticas na Escola – Slam” já alcançou mais de 2.770 estudantes da Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Passando por 6 cidades e mais de 10 escolas.

O Slam
Slam é um tipo de poesia falada com raízes nos Estados Unidos, que se tornou um movimento cultural popular no Brasil, especialmente nas periferias. A atividade principal é a competição de poesia, onde os poetas têm um tempo limite para declamar textos autorais, sem recurso a adereços ou música, e com um júri escolhido na plateia.

O objetivo do slam é promover a expressão individual e coletiva, dando voz a temas sociais, políticos e pessoais, e funcionando como um espaço de resistência e empoderamento

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