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JÁ É DO BRASIL

Por Naty Camoleze

Pela primeira vez na história temos um filme e uma atriz brasileira indicada para o Oscar, vocês tem ideia do que é isso? Qual a importância de tudo? 

“Ainda estou aqui” foi indicado à principal categoria do Oscar 2025, de Melhor Filme, Filme Internacional e Melhor Atriz (Fernanda Torres). O filme dirigido por Walter Salles e estrelado por Fernanda Torres é o primeiro longa original Globoplay. O Brasil já foi indicado outras quatro vezes na categoria de filmes internacionais, mas nunca venceu. A última vez que o Brasil havia sido indicado ao Oscar na categoria foi em 1999, com o clássico “Central do Brasil“.

O Oscar 2025 acontece em 2 de março em Los Angeles, com apresentação de Conan O’Brien.

O filme também concorre ao BAFTA, considerado o “Oscar britânico”, a cerimônia acontece no dia 16 de fevereiro. E Fernanda Torres garantiu a estatueta de melhor atriz no Globo de Ouro e eu chorei com o discurso dela e a emoção do Selton Mello. 

E sim, nós brasileiros temos muito que comemorar. Quando pequena lembro de meus pais mal deixando eu assistir um filme brasileiro porque, segundo eles, se resumia a ou cenas apenas de sexo ou violência. Até podia ser que algumas obras levassem para esse caminho, mas a qualidade de profissionais que temos aqui não pode ser deixada de lado. As produções estão cada vez mais incríveis e isso é um fruto e tanto para nossa história, em tantas categorias. 

Imagina que, tradicionalmente, as premiações de cinema hollywoodianas nomeiam e entregam as estatuetas e troféus mais importantes para atores de países como Estados Unidos, Inglaterra e Irlanda e agora estamos mais uma vez ali, não tem como não se emocionar. 

“Ainda estou aqui” é uma adaptação do livro de mesmo nome de Marcelo Rubens Paiva. No filme, acompanhamos a transformação da mãe do escritor – uma dona de casa dos anos 1970, mãe de cinco filhos – em uma das maiores ativistas dos Direitos Humanos do país após o assassinato do marido, o ex-deputado Rubens Paiva (Selton Mello), pela ditadura militar.

A musa Fernanda 

Fernanda Pinheiro Torres, nasceu em 1965, é uma atriz, escritora, cronista e roteirista brasileira. Filha dos atores Fernanda Montenegro e Fernando Torres, ela é reconhecida como uma das artistas mais influentes, versáteis e premiadas do Brasil. Começou nessa vida de artista aos 13 anos, envolvendo com  teatro, cinema, televisão e  literatura. Sua versatilidade como atriz a leva para caminhos desde a comédia até o drama, mostrando que o talento é mesmo dos genes dessa família! 

Um destaque é o seu monólogo A Casa dos Budas Ditosos, baseado no romance homônimo de João Ubaldo Ribeiro, que estreou em 2003, lhe rendeu prêmios, foi visto por mais de dois milhões de espectadores. No cinema, estreou aos 16 anos em Inocência, de Walter Lima Junior, trabalhou com diretores como Walter Salles, com quem realizou Terra Estrangeira, em 1994, O Primeiro Dia, em 1996 e Ainda Estou Aqui em 2024.

Na televisão, participou de produções como as séries Os Normais e Tapas & Beijos, produzidos pela TV Globo, que consagrou sua carreira e até hoje é reconhecida por esses trabalhos. 

Como apresentadora, desenvolveu o projeto Minha Estupidez e Bicho Homem para a televisão, e o podcast A Playlist da Minha Vida, como entrevistadora e roteirista, na plataforma Deezer. Lançou seu primeiro romance em 2014, Fim, que vendeu mais de 200 mil exemplares e foi traduzido para sete países. Em 2017, publicou A Glória e Seu Cortejo de Horrores, ambos pela editora Companhia das Letras. Fernanda escreveu roteiros de cinema e televisão e adaptou sua obra, Fim, para uma minissérie de 10 capítulos para a Globoplay.

Ufa uma bagagem gigante! Vamos celebrar e comemorar o cinema nacional! 

Naty Camoleze, jornalista, apresentadora, apaixonada pelo universo de filmes e séries. No seu canal do Youtube tem mais dicas! (https://www.youtube.com/@NatyCamoleze

 

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